terça-feira, 5 de julho de 2011

Nostalgia, Serei apenas eu assim?

O dia passa, a noite chega, escuto as mesmas músicas umas cinco vezes em frente ao computador. Leio alguns blogues, confiro minha caixa de e-mail e participo de algum chat com uns amigos. O assunto se perde um pouco, algo entre escola, futebol, política e religião.
Uma tristeza dessas que não tem nome, não tem motivo e nem hora aparece.
Penso que poderia estar fazendo (me permitam gerundiar) algo de útil. Ou pelo menos me divertindo. Tomando um suco, um vinho, uma bebida em um lugar bacana junto com os amigos.
Eu sempre tenho a sensação de que todo mundo está fazendo algo muito mais interessante do que eu. Alguém está rindo num bar com os amigos, alguém está passeando com a namorada, alguém está viajando, alguém está em uma festa com gente bacana e música boa.
Sempre penso que quando estou indo dormir, milhares de pessoas estão acordadas se divertindo em algum lugar e somente eu estou ali deitado me revirando na cama esperando um novo dia chegar.
Leio alguns textos, piadas, artigos e fico enrolando pra terminar um livro que não me empolgou muito, mas preciso saber o final.
Assisto o pedaço de algum filme, fico zapeando entre os canais de TV –nada interessante- e fico pensando na vida.
Aí tenho vontade de sair, pegar minha bicicleta e resolver algumas coisas que eu preciso resolver , mas começo a sentir uma solidão e o tédio me domina, tenho raiva da vida, passa algumas bobagens na cabeça, nada grave, mas me causa um certo incômodo. Por isso alguns planos são interrompidos. E aí fico triste e nostálgico, lembrando de coisas que já passaram há muito tempo, de momentos que eu nunca vou tirar da cabeça. Aquela memória fotográfica sabe? Aquelas imagens boas que a gente não esquece, não importa quanto tempo passe.
Lembro da minha infância, dos amigos, dos remédios horríveis que minha mãe fazia eu tomar, dos primeiros anos na escola, o primeiro frio na barriga... O beijo e como conseqüência a primeira paixão, o primeiro amor.
Lembro um pouco mais tarde da minha adolescência, e como as prioridades da vida mudaram, os sonhos dos tempos de crianças outrora já não são mais os mesmos, a paixão já não é assim tão inocente, os amigos do futebol, os parceiros na hora da balada, o pessoal da escola que hoje alguns são eternos amigos.
Ah tempos bons, sem preocupação, sem contas, sem trabalho, a vida era exclusivamente para ser vivida com uma única regra, ser feliz!
E tenho de fato, lembranças ruins que também insistem em aparecer mas que eu insisto em dizer que foram muito menos importantes do que essas coisas bonitas que eu me lembro.
Às vezes penso que estou ficando muito egoísta, e não quero é ficar sozinho. E sempre que coloco minha cabeça no travesseiro lembro-me de tudo isso...  que me cansa e me faz dormir.
E aí já começou outro dia. 



Mundo Extranho!!!
por Sam by Santos

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